segunda-feira, 28 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

Adivinhas

Qual é coisa, qual é ela, que tem uma perna mais comprida que a outra e noite e dia anda sem parar?

Tenho um irmão gémeo tão gordinho como eu, e outros oito irmãozinhos que são mais magros que eu.

O que é que anda com os pés na cabeça?

Sempre quietas, sempre agitadas. Dormindo de dia, de noite acordadas.

É um animal sem cabeça e sem pescoço, por dentro é todo carne e por fora só tem osso.

Qual é a coisa que está mais alta que o Rei?

O que é que nunca sai de casa e anda para todo o lado?

Alto está, alto mora. Todos o vêem, ninguém o adora.

Sou um rapaz desta maneira... Moro numa casa sem telha e, quando entro nela, é sempre de esguelha!

Qual é a coisa, qual é ela, que tem dentes e não come?

O que é que, quanto mais quente, mais fresco?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

sábado, 12 de abril de 2008

O Pássaro de Ouro


Era uma vez um pássaro dourado, que viajava pelo mundo inteiro com as suas asas de ouro.
Viajou de Portugal até à China. E depois foi visitar o Japão. Encontrou muitas coisas giras e engraçadas. Encontrou dragões de papel, provou comidas exóticas, mas a que mais gostou foi a comida japonesa.
Foi visitar os castelos e os palácios do Japão e encontrou o palácio imperial onde mora o imperador Akihito, do Japão.
Foi visitar o imperador e pediu-lhe uma audiência. Perguntou-lhe:
- Imperador, tu que és o mais sábio dos homens diz-me qual a comida que devo comer: japonesa ou chinesa?
Respondeu-lhe o imperador:
- Essa é a pergunta mais parva do mundo! Claro que é melhor a comida japonesa… Agora LEVEM-NO DAQUI!
Os soldados do imperador prenderam então o pássaro de ouro e levaram-no para as masmorras do palácio imperial. Lá estava um pássaro de prata, também prisioneiro do Imperador, por lhe ter perguntado qual a melhor bebida do mundo: o chá japonês ou o chinês. O imperador respondeu-lhe:
- Claro que é o japonês… Levem-no para as masmorras! – Por isso o levaram para ali.
- Comigo aconteceu o mesmo, disse o pássaro de ouro, só que lhe perguntei qual a melhor comida.
Estavam presos nas masmorras do palácio há uma semana quando o pássaro de prata teve uma ideia:
- Tu, com o teu brilho, apontas um raio de sol aos olhos do guarda enquanto eu lhe tiro as chaves.
Dito e feito. Mas não correu lá muito bem… O pássaro de ouro não sabia apontar bem e só conseguiu encandear o pássaro de prata.
O pássaro de ouro teve então uma ideia:
- Como tu és duro, podemos arrombar a porta com a tua cabeça.
Dito e feito. Mas voltou a correr mal. O pássaro de ouro escorregou numa poça de água e, em vez de acertar na porta, largou o seu amigo contra o tecto, vindo depois cair exactamente em cima dele!
O pássaro de prata, ainda atordoado da queda, teve contudo uma nova ideia:
- Podíamos usar o teu bico forte e afiado para tentar limar as barras de ferro do nosso cárcere…
Uma vez mais foi dito e feito. O pobre do pássaro de ouro fartou-se de esfregar o bico nas grades, mas valeu a pena… conseguiram finalmente sair da masmorra. Por cinco minutos apenas, pois foram capturados pelos guardas e levados à presença do Imperador que se preparava para os condenar à morte, quando o pássaro de prata gritou:
- Poupa-nos a vida e nós fazemos-te o monarca mais rico do mundo!
- Como? – Perguntou o Imperador.
- Somos pássaros mágicos, conseguimos tudo transformar em ouro e prata com uma simples bicada.
O Imperador, desejoso de alargar a sua riqueza ordenou logo que os soltassem. Os pássaros, agradecidos, voaram pela sala imperial, dando bicadas em tudo o que lhes aparecia à frente e transformando-o em prata e ouro.
Foram tantas as bicadas que até na cabeça do imperador eles tocaram, transformando-o imediatamente em estátua de ouro e prata.
Assim, o imperador tornou-se o monarca mais rico do mundo, mas não conseguiu desfrutar da sua riqueza pois era uma mera estátua. Riquíssima, mas sem vida.
E os pássaros de ouro e de prata voaram para longe. Talvez de regresso à China, onde podiam fazer as mesmas perguntas ao seu Imperador…

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O Coelho-Homem

Tema do Pokemon II

O Cavaleiro-Falcão




Uma história de Pedro Ramalho (8 anos)

Era uma vez um castelo onde vivia um cavaleiro.
Junto ao castelo existia uma aldeia onde ele viveu antes de se mudar para o castelo e ser armado cavaleiro.
Ao visitar a aldeia encontrou dois cientistas a escavarem a terra, que lhe disseram:
- Nobre cavaleiro, nós encontrámos um vulcão subterrâneo, que irá fazer explodir toda a aldeia daqui a cinco dias!
- Se quiseres salvá-la terás de fabricar um escudo-salame, que de tão duro, impedirá que o fogo do vulcão atinja as casas e as pessoas.
O cavaleiro não sabia onde encontrar a receita para fazer um escudo-salame e os cientistas também não lhe disseram como o fazer, antes de se irem embora.
De repente, uma menina com dois totós apareceu à frente do cavaleiro e disse-lhe:
- Eu sei, eu sei, eu sei… onde se encontram os ingredientes para a receita que tens de fazer. Deverás ir procurá-los na floresta mágica, mas cuidado, vive lá uma fada atarantada que protege os ingredientes mágicos de quem os for procurar. Além disso está muito constipada e cada vez que espirra faz um feitiço, ao calhas, que pode transformar quem for por ele atingido.
O cavaleiro, decidido a salvar a sua aldeia, resolveu ir procurar os ingredientes mágicos para fazer o escudo-salame, na floresta mágica.
Tentou evitar a fada atarantada e os seus espirros trapalhões, mas acabou por encontrá-la junto a uma árvore, constipada e a beber um chá.
Quando a fada se apercebeu da sua presença ela aproximou-se do cavaleiro e deu-lhe vários pontapés.
O cavaleiro ficou furioso com a reacção da fada, apesar de os pontapés lhe terem doído pouco, pois a fada era muito pequenina e não tinha muita força.
Estava quase a dar-lhe um valente par de açoites quando a fada espirrou e transformou-o, sem querer, num falcão.
O cavaleiro ficou muito triste por se ter transformado num pássaro, mas ao mesmo tempo ficou contente por poder voar e muito depressa como fazem os falcões.
Decidiu utilizar os seus novos poderes para, mais depressa, encontrar os ingredientes necessários para salvar a aldeia.
Com o seu bico apanhou uma folha de lagarta, uma pena de passarinho, uma cauda de rato morto e um dente de leite de um humano e pousou-as num ninho de falcão que encontrou num penhasco ali perto.
Faltava-lhe apenas misturar os ingredientes numa casca de bolota gigante para poder salvar a aldeia, conforme lhe tinha dito a menina dos totós.
Encontrou então uma árvore onde estavam dois esquilos a proteger uma bolota gigante e logo se preparou para completar a sua missão.
Para não ter de lutar com os esquilos, atirou-lhes muitas nozes e avelãs para o chão, esperando assim distraí-los e capturar a sua almejada bolota. Assim foi, os esquilos foram a correr comer as nozes e as avelãs, enquanto o cavaleiro-falcão apanhou a bolota gigante.
De volta ao ninho, colocou todos os ingredientes na casca da bolota e lembrou-se que lá tinha deixado um pau para os poder misturar.
Provou a receita, que até estava boa, e ficou protegido contra o fogo do vulcão.
Dirigiu-se então à aldeia e colocou a poção à sua volta para a proteger. Quando o vulcão finalmente explodiu, a aldeia foi salva embora não sem primeiro ter dado um valente salto, quase cem metros pelo ar, antes de voltar a assentar em cima do vulcão, agora já extinto pela acção da magia.
O cavaleiro estava feliz por ter conseguido salvar a sua aldeia. Dirigiu-se então ao castelo e escreveu com o bico uma carta aos seus súbditos, dizendo-lhes o que tinha acontecido.
Estes, incapazes de inverter a magia da fada, vestiram-no com as roupas de cavaleiro e ele reinou no castelo ainda por muitos anos como o cavaleiro-falcão.
A felicidade voltou às suas terras e ainda hoje é lendária a fama do cavaleiro-falcão, que salvou a aldeia do vulcão e que voava como uma seta vigiando os limites do seu domínio, zelando pela felicidade dos seus súbditos e dos aldeões.

Fim

Tema do Pokemon I

Não Há Tempo Para Bolotas



Há muito, muito tempo, quando tudo estava coberto de gelo, vivia em esquilo que tinha uma bolota e muitos problemas para a guardar e esconder.
Numa noite, escura como breu, estava ele a passear na neve, encontrou uma luz verde a brilhar no chão. Escavou, escavou, escavou e encontrou uma máquina muito estranha, presa na mão de um esqueleto vagamente humano. Depois de um grande susto, conseguiu libertar a máquina, mas ao tocar-lhe esta disparou um raio de luz que fez desaparecer a sua querida bolota.
O esquilo nem queria acreditar. Tentou mexer na máquina, onde aparecia um visor com números muito estranhos, mas não conseguindo reaver a sua preciosa bolota, zangado, deu-lhe um grande pontapé. A máquina disparou então um novo raio contra o esquilo, fazendo-o também desaparecer.
Quando deu por si viu-se numa floresta e reparou que a bolota estava em cima de uma grande pedra, presa por um rochedo enorme e muito pesado. O esquilo puxou e puxou mas não a conseguiu libertar. Era precisa muita força para a tirar. Desanimado, olhou para trás e viu uma espada espetada numa pedra. A máquina estranha e verde era uma máquina do tempo que o tinha transportado para a Era do Rei Artur. Tentou a sua sorte e tirou facilmente a espada da pedra. Mas, em vez de ser coroado rei, como mandava a lenda, viu-se perseguido por inúmeros soldados, que lhe lançaram setas afiadas e assustadoras, obrigando-o a fugir.
O esquilo correu e correu e encontrou finalmente um sítio para se esconder, numa caverna escura e comprida. Estava a tentar acalmar-se quando ouviu um zumbido estranho e distante. Quando deu por si tinha sido disparado violentamente para longe, porque a caverna afinal era a boca de um canhão e o zumbido o rastilho aceso.
Enquanto voava, disparado pelo canhão, voavam de encontro a si florestas de setas afiadas e prontas a matá-lo. Ele gritou, arrancou os cabelos e por sorte a máquina do tempo tinha sido disparada juntamente com ele. O esquilo mexeu e pontapeou a máquina, mas esta teimava em não funcionar. Quando estava quase a ser picado pelas setas a estranha máquina do tempo finalmente disparou um raio verde, salvando-o mas lançando-o de novo no desconhecido.
Atordoado abriu os olhos e viu-se na Roma Antiga, em pleno circo, no meio de uma violenta corrida de quadrigas. Ficou preso numa delas que o arrastou pela arena até se conseguir soltar mesmo à porta da jaula dos leões. Aterrorizado pelos rugidos famintos dos felinos, o esquilo carregou em todos os botões da sua máquina do tempo até que esta, finalmente, o lançou de novo na sua Idade do Gelo.
Ele abraçou emocionado a neve e o gelo, sentindo-se de regresso a casa. Puro engano. De repente ouviu um grande e poderoso apito de um navio. Afinal não estava na Idade do Gelo mas sim num iceberg no meio do Atlântico prestes a ser esmagado pelo embate do Titanic. O esquilo ainda tentou fugir subindo o iceberg até onde pode. Mas o Titanic esmagou-o contra o gelo com tal força que o fez atravessar o iceberg e cair desamparado nas águas geladas.
Segundos antes de cair no oceano a máquina do tempo disparou acidentalmente lançando-o no espaço intemporal mais uma vez.
Desta vez acordou ao lado de si mesmo e dos seus amigos da Idade do Gelo. E teve de lutar consigo próprio pela posse da sua querida bolota. Mas a máquina do tempo voltou a disparar e a lançar a confusão na sua vida, primeiro roubando-lhe mais uma vez a bolota e depois lançando-o de novo de encontro à sua sorte.
Depois de muitas peripécias semelhantes nas mais variadas épocas e situações viu-se preso no relógio do tempo com a sua adorada bolota a fugir-lhe para um buraco negro capaz de tudo sugar à sua volta. Desesperado tentou agarrá-la conseguindo ser puxado com ela para aquela buraco assustador.
Finalmente os seus problemas pareciam ter terminado. Quando abriu os olhos viu uma árvore gigante coberta das suas bolotas predilectas prontas a serem comidas. Ficou tão feliz com a sua sorte que jogou para o chão a sua bolota e apressou-se a destruir a máquina do tempo para que, desta vez, pudesse usufruir sossegado o seu tesouro. Mas, ironia do destino, encontrava-se no futuro, e a árvore e bolotas que vira não eram verdadeiras mas sim de metal, fazendo parte de um monumento à última azinheira da região.
O esquilo ficou triste mas lembrou-se que ainda tinha a sua bolota verdadeira. Porém, quando se preparava para a agarrar, a máquina do tempo, apesar de semi-destruída, lançou um derradeiro raio para a bolota lançando-a no infinito e deixando o pobre esquilo preso num futuro sem bolotas.
O esquilo triste e zangado gritou:
Haaaaaaaaaaaaaaaa….


Fim

Phineas and Ferb Beach song

Phineas and Ferb - Gitchi Gitchi Goo

O Cúmulo da Desconfiança



Era uma vez dois caranguejos que eram muito desconfiados um do outro.
Um dia foram à praia e encontraram um chouriço. E disseram:
- Viva, encontrámos um chouriço!
Mas faltava uma coisa: o pão…
Então disseram:
- Tu vais buscar o pão e eu fico a tomar conta do chouriço.
- Não, porque se eu for buscar o pão tu comes o chouriço!
Então tiraram à sorte. O escolhido foi buscar o pão e o outro ficou em cima do chouriço, a guardá-lo.
Passaram dias, meses, anos e o caranguejo que ficou a guardar o chouriço, já muito velhinho, pensou:
- Ele deve ter morrido! E eu estou aqui feito parvo à espera. Vou mas é comer o chouriço…
Quando estava quase a comer o chouriço o outro caranguejo salta de trás de uma pedra e grita:
- Se tocas no chouriço eu não vou buscar o pão!

Sonic Underground

O Lobo e os Sete Cabritinhos



Uma história de Pedro Ramalho (8 anos)

Era uma vez uma aldeia de cabras. Numa casa bonita vivia uma mãe com sete filhos. Os seus nomes eram Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. A mãe tinha de ir fazer uma visita e deixou o Si, que era o mais velho, a tomar conta dos irmãos.
Mais tarde ouviram uma voz atrás da porta, que disse:
- Olá, sou o homem das limpezas.
- Então mostra-me o teu pé, disse o Si.
A voz mostrou o pé e afinal não era o senhor das limpezas mas sim o lobo. Então, o Si e os irmãos mandaram-no embora e o lobo ficou muito zangado por não conseguir entrar na casa dos cabritinhos.
Então o lobo encontrou o seu primo Carlito. Ele era um feiticeiro. Pediu-lhe que o ajudasse a apanhar os cabritinhos, dando-lhe um remédio que pudesse mudar a voz. Também lhe deu uma meia e um fato para que os cabritinhos não o reconhecessem.
De seguida lá foi o lobo por em prática o plano do seu primo Carlito.
Quando chegou a casa dos cabritinhos disse:
- Eu sou um vendedor de livros, abram-me a porta por favor.
O Si e os seus irmãos disseram:
- Ai és? Então mostra-nos o teu pé.
Os cabritinhos viram o pé com a meia, que era cor-de-rosa, e iam abrir a porta, mas o Si, que era muito esperto, disse:
- Então que livros é que andas a vender?
- Ahhh…Ahhh… eu tenho de ir… - gaguejou o lobo, porque o primo Carlito tinha-se esquecido de pôr nomes nos livros que ele levava.
Ao encontrar-se de novo com o Carlito, muito zangado, este disse-lhe:
- Já sei, vou-te transformar no homem das pizzas, porque já está quase na hora do lanche e os cabritinhos devem estar cheios de fome.
Lançou-lhe um novo feitiço que o transformou em homem das pizzas, mas a voz do lobo voltou ao normal.
Quando chegou a casa dos cabritinhos o lobo disse:
- Por favor, deixem-me entrar, sou o rapaz das pizzas e tenho uma para vos entregar.
Os irmãos gritaram contentes: - Viva, uma pizza, já estávamos cheios de fome!
O Si, que era o mais inteligente, disse:
- Irmãos, calma! Podemos estar cheios de fome, mas como vamos saber se é realmente o rapaz das pizzas?!
Perguntou então ao lobo:
– Se és o rapaz das pizzas quais são os ingredientes que tem a pizza que andas a vender?
- A pizza tem ananás e Coca-Cola. – respondeu o lobo.
- Mentira… replicou o Si. As pizzas não levam Coca-Cola e aqui cheira-me a queijo e fiambre e não a ananás. E não lhe abriu a porta.
O lobo, muito zangado, voltou para junto do primo Carlito para que este inventasse um plano ainda melhor.
O primo Carlito disse-lhe então:
- Já sei, vou-te transformar na mãe deles!
Fez-lhe uma magia que o transformou numa cabra igualzinha à mãe dos cabritinhos. O disfarce tinha contudo um problema: a voz continuava normal – uma voz de lobo e não de cabra.
Quando o lobo chegou à porta dos cabritinhos disse-lhes na voz mais fininha que conseguiu fazer:
- Queridos, por favor abram a porta. Não queiram ser mal-educados senão ponho-os de castigo.
O Si, desconfiado, pediu à mãe que lhe mostrasse o seu casco, o que o lobo fez sem qualquer hesitação, porque o seu disfarce era perfeito.
Os sete irmãos ainda perguntaram:
- Se és a nossa mãe quais são os nossos nomes?
O lobo não sabia os nomes mas o Carlito ajudou-o: chamou o seu mocho (todos os feiticeiros têm um, como se sabe), este entrou dentro da casa dos cabritinhos, viu os nomes deles escritos na parede e veio repeti-los ao lobo.
- Dó, Ré, Mi, Fá, Sol e Lá, respondeu o lobo, esquecendo-se do Si.
O cabritinho mais velho ficou triste por a mãe se ter esquecido do seu nome. Mas logo a seguir o lobo lembrou-se do nome que faltava e disse-o bem alto: e Si!
Todos saltaram de alegria convencidos de que era mesmo a mãe e o Si abriu a porta.
O lobo tirou então o disfarce e pediu ao Carlito que encolhesse os cabritinhos um bocadinho para os poder engolir todos de uma vez.
Após o feitiço, o lobo cumpriu o prometido e comeu-os todos de uma vez, menos o Si que, ainda triste com o esquecimento da mãe, tinha-se deixado ficar para trás, escondendo-se debaixo de um armário quando se apercebeu que era, na verdade, o lobo e não a mãe, quem estava à porta.
Entretanto chegou a casa a verdadeira cabra, mãe dos sete cabritinhos que, vendo o Si tão pequenino, lhe perguntou o que tinha acontecido.
Este explicou-lhe o sucedido logo inventando um plano para salvar os irmãos. Como o lobo os engoliu inteiros ainda devem estar vivos. E o lobo estará seguramente tão cheio que deve estar deitado a dormir uma sesta ao pé do lago.
Dirigiram-se então ao lago onde encontraram o lobo deitado a dormir.
Um esquilo amigo da mãe cabra e que por ali passava na altura, disse-lhe:
- Tenho uma ideia. Vamos por pimenta no nariz do lobo, o que o fará espirrar, libertando os seus filhos.
A mãe cabra não gostou da ideia porque achou que a pimenta podia fazer sede ao lobo e se este bebesse muita água, os seus filhotes podiam afogar-se.
Nessa altura, o lobo, que estava mesmo cheio de sede, foi beber água ao lago. Mas estava tão pesado que, ao inclinar-se, caiu na água. Como não sabia nadar a mãe cabra, com medo que os seus filhos também se afogassem, correu para a margem gritando para o lobo se pôr a boiar.
O lobo contudo não o sabia fazer, mas seguiu as instruções da cabra, tentando salvar-se.
O Si saltou então para a barriga do lobo e a força deste juntamente com os pirolitos que o lobo engolia faziam-no cuspir os pequenos cabritinhos um a um para a margem onde se encontrava a mãe.
O lobo conseguiu salvar-se boiando até à margem e ficou tão agradecido por a cabra o ter salvo que lhe prometeu ser vegetariano para o resto da vida.
Faltava repor os cabritinhos de volta ao seu tamanho normal. Para isso a mãe foi ter com o feiticeiro Carlito e ameaçou-o que, se o não fizesse, lhe bateria com os seus fortes cascos.
O Carlito, cheio de medo, obedeceu-lhe. E os cabritinhos de volta a casa e ao seu tamanho normal, deixaram de ter medo dos lobos, aprendendo uma grande lição com a sua aventura.

Fim